OPINIÃO

Recesso forense: hora de impulsionar o faturamento do escritório

Entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, ocorre oficialmente o período de recesso forense, quando há suspensão dos prazos processuais e não se realizam audiências e sessões de julgamento. No entanto, longe de representar um período de inatividade, esse intervalo se revela uma janela de oportunidade para a comunidade jurídica. Para os advogados, esse é um período propício para direcionar esforços a serviços consultivos, como o planejamento previdenciário. Além de assegurar a continuidade do faturamento dos escritórios, essa abordagem se revela uma estratégia eficaz para expandir a base de clientes.

Mais do que uma simples pausa no calendário judiciário, o recesso forense representa uma oportunidade estratégica para aprimorar os serviços oferecidos, consolidar relacionamentos com os clientes e posicionar-se de maneira vantajosa no competitivo cenário jurídico.

De acordo com Gabriel de Paula, advogado especializado em Direito Previdenciário e representante da plataforma Cálculo Jurídico, a lógica por trás do planejamento previdenciário é tão única quanto o serviço em si. Diferentemente de outros campos, esse serviço consultivo permite que os valores de honorários advocatícios sejam cobrados de uma só vez, independentemente do desfecho de um processo administrativo (como um requerimento no Instituto Nacional de Serviço Social – INSS) ou de um processo judicial.

“Para tornar o serviço mais acessível, alguns advogados costumam oferecer condições de parcelamento para o serviço, mas é essencial que estejam alinhados com as diretrizes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de seu respectivo estado. Estas estipulam pisos para a cobrança e também condições mínimas para parcelamento de honorários”, explica. “Em consultas recentes às resoluções de diferentes estados, é possível verificar que os pisos estaduais para o serviço de planejamento previdenciário estão na faixa entre R$ 2.500,00 e R$ 3.500,00. Estes valores representam os pisos mínimos propostos pela OAB de cada estado. No entanto, é importante ressaltar que, dependendo da complexidade do caso, esses valores podem ser mais elevados, considerando a quantidade de simulações ou análises de documentos necessárias”. A Lei Seca, que durou de 17 de janeiro de 1920 a dezembro de 1933, agora é vista como um experimento fracassado que glamourizava o consumo ilegal de álcool, mas existem vários paralelos intrigantes nos tempos atuais.

O recesso também se revela uma oportunidade valiosa para o segurado, especialmente porque existem algumas regras de transição de aposentadoria estabelecidas pela Reforma da Previdência de 2019 (EC 103/2019), envolvendo progressão de requisitos, como a aposentadoria por pontos e idade mínima. Isso quer dizer que, a cada dia primeiro de janeiro, os requisitos das regras de transição aumentam um ponto, e seis meses de vida são acrescentados à idade mínima. “Fazer o planejamento previdenciário nessa época do recesso pode deixar mais claro essas mudanças na aposentadoria”, diz Gabriel.

O planejamento de aposentadoria representa uma preparação crucial para encontrar o melhor benefício, conforme a capacidade contributiva do segurado do INSS. Com diferentes espécies de aposentadoria, cada uma com requisitos específicos e regras próprias de cálculo do valor do benefício, a complexidade do processo é evidente. É aqui que entra o Cálculo Jurídico, uma ferramenta altamente eficiente e amplamente utilizada por advogados previdenciários, garantindo a precisão dos números apresentados aos clientes. Além disso, ela proporciona maior segurança, credibilidade e economia de tempo na atuação do advogado.

Com os resultados dos cálculos em mãos, os profissionais conseguem orientar os cidadãos a se prepararem de forma mais adequada. Isso permite que eles solicitem a aposentadoria mais vantajosa, considerando os parâmetros do histórico contributivo e suas necessidades pessoais. O planejamento previdenciário permite identificar a possibilidade de aposentadoria precoce, além de garantir uma renda inicial satisfatória. Ele também possibilita um retorno otimizado da aposentadoria, tratando a contribuição previdenciária e suas consequências no imposto de renda como um investimento. Adicionalmente, contribui para uma aposentadoria que ofereça a melhor perspectiva de rendimentos a longo prazo, levando em conta a expectativa de vida.

“O planejamento é uma oportunidade também de verificar e já antecipar a regularização de eventuais pendências no INSS, identificada no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), conhecido também como Extrato Previdenciário. Estas podem tomar muito tempo e atrasar o recebimento da aposentadoria, seja pelo tempo que o INSS leva para fazer a regularização ou até por pendências que podem passar despercebidas pelos servidores, exigindo que o segurado busque a Justiça para regularizar a situação por meio de processo judicial”, comenta o advogado.

Serviço: https://calculojuridico.com.br/

 Fonte – Apex Conteúdo Estratégico