Cercado por idiotas
Por – Rui Farias* – Owner, Escritório Jurídico Alexandre Rodrigues de Albuquerque
Calma. Estou me referindo ao título de um livro que li recentemente de autoria de Thomas Erikson. No inglês “Surrounded by Idiots”[1], em tradução literal, “Cercado por Idiotas”.
O título é muito chamativo e confesso que me gerou a curiosidade inicial de entender melhor o que o autor buscava transmitir.
O assunto abordado não é em nada novo. A ideia é da criação de um método para aferir a melhor forma de se comunicar com as pessoas, buscando entender os seus tipos de comportamentos: vermelhos (dominante), azuis (analíticos), verdes (estáveis) e amarelos (inspiradores).
Cada uma das cores representa um conjunto de características intrínsecas do indivíduo, com formas distintas de se expressar, lidar com problemas e conviver com outras pessoas. O livro fornece meios de identificar as características individuais e oferece ferramentas para melhor se relacionar com cada um dos indivíduos, a depender da predominância da cor.
Na leitura o interessante é lembrar de amigos, clientes, parceiros de negócios e familiares para tentar visualizar qual cor seria a melhor caracterizadora. Fulano é claramente azul e sicrano é um vermelho evidente! Muito do que é indicado pelo autor, realmente faz sentido e serve na prática para melhorar nosso convívio social.
Trago essa pequena nota sobre o livro e faço o link com um curso que ora estou realizando.
Iniciei essa semana o curso de Conselheiro de Resultados do Instituto Empresariar, comandando pelo grande expoente do aconselhamento de empresas familiares Cícero Rocha.
E, nas primeiras aulas, escutando as suas considerações, relatos e casos exemplificados pelos colegas, vejo que muito da problemática das empresas e sua condução, envolve uma adequada compreensão do perfil dos indivíduos, para poder fazer com que as mensagens e orientações sejam recebidas da forma adequada.
Usar a linguagem correta, no momento certo e saber como extrair a atenção do interlocutor é tão importante quanto a mensagem e o objetivo final que se traça. Essa “tradução” tem que ser sempre bem pensada, porque levará à efetividade da comunicação e consequentemente resultado que se propõe a atingir.
Não é que estejamos “cercados por idiotas”. Muito pelo contrário. Mas, uma mensagem passada de forma errada, não conhecendo o perfil do interlocutor, pode levar a ideia incorreta de estar se lidando com um opositor ou desinteressado, por exemplo, que não estaria engajado no sucesso do negócio.
O livro é muito interessante, ele reconhece que o tema não é novo, já tendo sido tratado em inúmeras obras e ensaios sobre o comportamento humano. A abordagem do autor e os exemplos indicados, usando sua família e amigos, ajuda a melhor entender e verificar como usar na prática as ferramentas ofertadas.
[1] https://www.penguin.co.uk/


