Justiça federal cearense realiza curso de escrita jurídica com auxílio de inteligência artificial
A Escola da Magistratura Federal no Ceará (ESMAFE/CE) realizou um curso inovador de Escrita Jurídica com uso do ChatGPT, uma inteligência artificial voltada para aperfeiçoamento textual.
A primeira fase do curso, dividida em duas turmas, já forneceu treinamento para 38 juízes entre os dias 29 e 30 de junho e 13 e 14 de julho.
A expectativa para a terceira turma, prevista para agosto, é de um sucesso semelhante, uma vez que todas as vagas já foram preenchidas.
O ChatGPT, um modelo de linguagem natural alimentado por inteligência artificial, promete auxiliar os juízes na árdua tarefa de redação jurídica, oferecendo diretrizes para a estruturação de decisões judiciais, utilização de termos técnicos, elaboração de argumentos convincentes e construção de textos coesos.
Ministrado pelo juiz federal George Marmelstein e pelo professor da UFC, Dr. Hugo Machado Segundo, o curso tem o objetivo de fortalecer a prática de escrita jurídica dos magistrados, adaptando-se às diferentes necessidades de sua profissão, seja na elaboração de sentenças, despachos, decisões ou outros documentos necessários. A proposta é desenvolver habilidades de escrita mais sólidas, capazes de lidar com o grande volume de processos.
Diante da complexidade da escrita jurídica, que demanda clareza, objetividade, poder de persuasão e conhecimento de termos técnicos e regras de redação específicas, o curso de Escrita Jurídica com o ChatGPT surge como um auxílio para os juízes superarem esses desafios. A iniciativa oferece uma combinação equilibrada de teoria e prática, buscando desenvolver uma escrita jurídica clara, concisa e eficiente com o suporte da inteligência artificial.
Para o Juiz Federal Eduardo Vilar, diretor da Escola de Magistratura Federal no Ceará (ESMAFE/CE), o curso marca um avanço significativo na formação dos magistrados. “Estamos vivendo uma transformação digital sem precedentes no Judiciário. O curso de Escrita Jurídica com o ChatGPT emerge como um treinamento inovador que nos capacita para aprimorar nossas habilidades de escrita, proporcionando maior agilidade e precisão. A iniciativa também revela as limitações e cuidados necessários ao uso dessa nova tecnologia. A adesão dos juízes indica nossa disposição para encarar essas mudanças de forma consciente e responsável”, ressaltou.