Seminário em Fortaleza joga luz sobre o trabalho escravo doméstico e a “exploração silenciosa”
O combate ao trabalho escravo doméstico entrou em destaque nos dias 6 e 7 de novembro, em Fortaleza, com a realização de um seminário voltado à discussão da chamada “exploração silenciosa” em ambientes privados. O evento ocorreu no auditório do Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) e contou com apoio institucional do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-7).
De acordo com divulgação oficial do TRT-7, o encontro teve como objetivo ampliar o debate sobre situações em que trabalhadores — em especial mulheres negras e trabalhadoras domésticas — são submetidos a jornadas exaustivas, restrição de liberdade e condições degradantes, muitas vezes camufladas sob a aparência de relações familiares ou de “ajuda” informal.
O seminário reuniu magistrados, procuradores, defensores públicos, advogados e representantes de organizações da sociedade civil engajadas no enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão. As discussões reforçaram a importância da atuação articulada entre Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público estadual e rede de proteção para identificar casos, oferecer acolhimento às vítimas e responsabilizar autores.
