Em um dos crimes, Zé do Valério é acusado de estuprar e matar a tiros e pedradas a universitária Danielle Oliveira, em Pedra Branca, no interior do Ceará. Da pena, 21 anos e 10 meses foram pelo homicídio, e 8 anos e 3 meses pelo estupro. O crime aconteceu em abril de 2019.
Os crimes
De acordo com a denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Tauá, na tarde do dia 19 de abril de 2013, na zona rural de Tauá, dias depois de ser dispensado dos serviços na fazenda do casal M.S.C. e T.F.C., Zé do Valério, aproveitando-se que a mulher estava sozinha em casa, atirou contra ela e depois arrastou o corpo para um matagal, onde fez a ocultação de cadáver.
Em seguida, mediante emboscada, aguardou a chegada de T.F.C ao local, oportunidade em que o chamou para retirar um animal que estaria preso em um bebedouro. Diante da negativa da vítima em acompanhá-lo de imediato ao local, o acusado efetuou um primeiro disparo acertando a vítima na região da boca, tendo o tiro transfixado e saído pela nuca desta. Em seguida, com T.F.C. caído, o acusado afirmou que teria matado a esposa do fazendeiro e que também iria matá-lo, mas T.F.C. conseguiu defender-se, enquanto Zé do Valério realizou outros disparos, tendo ainda acertado dois tiros, além de utilizar-se de pedras para arremessar na vítima.
Somente com a chegada de um ônibus escolar com os filhos das vítimas ao local é que Zé do Valério cessou a empreitada criminosa em face da segunda vítima e se evadiu do local, passando seis anos circulando na Região Central do Estado do Ceará.
Outra condenação
No período que ficou foragido, Zé do Valério cometeu outro crime (estupro e homicídio da universitária D.O., em Pedra Branca, no interior do Ceará). Pelo crime, o vaqueiro foi sentenciado a 30 anos de prisão, 1 mês e 15 dias, em regime fechado, em 25 de maio de 2022.
O crime aconteceu em 25 de abril de 2019. Na ocasião, a estudante, à época com 20 anos, foi encontrada em um sítio vizinho ao da sua família, na localidade de São Gonçalo, sem roupas e com um ferimento no olho esquerdo.
Conforme a denúncia do MPCE, o vaqueiro chamou a jovem para fora do sítio, apontou uma arma de fogo em direção a ela querendo um beijo e um abraço. Após a jovem recusar, o criminoso levou D.O para um matagal, onde cometeu o crime. O laudo cadavérico confirmou morte por traumatismo cranioencefálico com asfixia, além de apontar sinais de violência sexual.