Inteligência Artificial vira ponto de debate em escritório de advocacia
O avanço da Inteligência Artificial simboliza diversos avanços nas tarefas dos seres humanos, principalmente as profissionais. Mesmo que ainda esteja em seus passos iniciais, essa ferramenta vem encontrando espaço em muitas áreas, auxiliando na realização de processos e atividades para o trabalho.
Por ser uma tecnologia com grande capacidade de aprendizagem, seu crescimento é gradual e suas capacidades evoluem com o passar do tempo. Essa característica possibilita a IA a ocupar qualquer tipo de profissão, causando um medo de substituição por parte dos funcionários.
Em testes feitos para a análise dos avanços da ferramenta, por exemplo, a máquina foi capaz de superar jogadores profissionais de xadrez, além de criar histórias em quadrinhos e ser a responsável pela linha artística inteira de um livro, concorrendo a prêmios, antes de ser descoberta.
Conforme sua capacidade vem se mostrando e se aprimorando, áreas mais técnicas e com mais especificidades passaram a notar a interferência da Inteligência, mesmo com a complexidade exigida, como foi o caso do Direito, por mais que ainda fosse de forma extremamente falha.
Mesmo com o equívoco feito pela ferramenta no caso judicial, com processos inventados, é inegável que a advocacia precisa se preocupar com a interferência artificial em processos e argumentações futuras. Para o advogado Nilton Serson, em um futuro próximo, “Essa argumentação será muito mais precisa, robusta, completa, inclusive com jurisprudência (indo da local e especializada até a geral e internacional) para casos análogos desenvolvidos pela IA, pois irá tornar as táticas forenses mais eficazes e efetivas, na medida em que ela poderá saber as inclinações jurídicas e políticas dos árbitros, seus gostos e preferências, até as verdades, formas e estética de que esses tais árbitros gostam e ficam mais sensíveis para a argumentação”.
Assim como em qualquer área profissional, é normal que muitos advogados estejam preocupados com a chance de perder seu “ganha pão”, ao não ter como competir de igual para igual com a máquina, que tem a habilidade de fazer todos os passos do processo de forma mais rápida e, no futuro, com mais eficiência.
Portanto, quanto mais a Inteligência Artificial avança, maior a preocupação dos trabalhadores e maiores as possibilidades de trabalho. Porém, há a necessidade de saber a diferença entre ferramenta e substituto. Para Nilton Serson, “A IA é uma ótima oportunidade de aprimorar o trabalho dos advogados, mas não pode ser tratada como solução e como uma chance de ter um ‘trabalhador’ a mais, com custo menor e sem grandes preocupações, já que ela pode funcionar a qualquer momento. Se for vista e utilizada como apoio, será ótimo, mas não pode ir além disso”.
Além disso, caso a IA seja utilizada como fator determinante para o sucesso de um escritório de advocacia, ainda haverá problemas referentes ao poder financeiro de cada escritório, causando uma maior discrepância entre eles e podendo gerar a falência dos menores, tornando o mercado de trabalho ainda mais debilitado, no quesito de oportunidades e de variedade de tratamentos ao cliente.
Fonte – Boost Assessoria de Imprensa